Outro dia estava cochilando, naquele dorme-não-dorme, quando um pensamento estranho me passou pela cabeça, sei lá porque: “Faça-o conscientemente”. Explicação a seguir: Bicho esquisito, esse que parece habitar dentro da gente: o vírus da atrofia amorosa. Se fosse descoberta de algum patólogo, seu nome científico seria algo como “atrofium amorandus”. Explico mais: nossa tendência “natural” parece ser não demonstrar carinho, ocultar a atenção ao próximo, dissimular o afeto. E se isso começa até mesmo dentro da família, que dizer então com relação aos completos estranhos, aqueles seres-paisagem que flutuam ao nosso redor na rua, no elevador, no ônibus, nas lojas do shopping? O filho jovem desvia do beijo do pai, o pai só raramente pega e contempla com carinho as mãos da patroa, o irmão acha mais normal a briguinha com a irmã do que um gesto de meiguice, e por aí vai. E mesmo quando as circunstâncias nos entregam de bandeja um momento precioso de proximidade, na maioria das vezes estamos desatentos, despreparados para aproveitá-lo como manda o figurino. Como por exemplo… chupar sorvete de casquinha com o neto, ver o filhinho dormindo no berço, observar na irmã alguns traços seus, notar que velhos amigos dão risada do mesmo modo, responder ao simpático “bom dia” do vizinho, olhar pros olhos sorridentes da vendedora treinada em atender clientes…
Então, seguinte: proponho aqui uma campanha de erradicação do atrofium amorandus (vulgo AA). Vacine-se contra esse inconspícuo microorganismo. E amanhã desperte com a disposição, desconfortável no início, de conscientemente manifestar simpatia, gentileza e amabilidade às pessoas com as quais você vier a interagir. Toque com carinho o ombro do seu filho, curta um simples estar-juntos, sem dizer palavra, beije mais prolongadamente o rosto da esposa, abrace mais forte o amigo, aperte um pouco mais a mão do colega de trabalho. Olhe-os com mais ternura. Mas faça-o CONSCIENTEMENTE. Deliberadamente. De propósito mesmo. Ah! E a prova das provas: mantenha a calma no trânsito, até mesmo para aquele fulano que fica vacilando na sua frente, ou para o furão que não respeita fila.
Após esse doloroso processo, prossiga para níveis mais elevados de profilaxia anti-AA: acrescente aos gestos algumas palavras de apreço. Após treinar diante do espelho, faça alguns elogios ou desejos sinceros: “Você é muito gentil!”; “Bom trabalho!”; “Deus abençoe o seu dia!”, pra começar. Mas faça-o CONSCIENTEMENTE. E curta o espanto desconfiado de alguns e a grata reação de outros. Com a desenvoltura trazida pela prática, algumas pessoas até poderão lhe perguntar, curiosas: “O que é que você tem de especial? Por que você é diferente?”. E pronto: porta aberta pra explicar que essas pequenas demonstrações de amor não vem de você mesmo, mas do amor que o Senhor Jesus instalou em seu coração.
Concluo o post com alguns dados científicos: as constantes pesquisas demográficas levadas a cabo no litoral mineiro constatam que tais práticas deflagram uma contagiante onda de sorrisos mútuos em 99,73% dos praticantes. E cientistas dos Alpes capixabas acabam de comprovar analítica e experimentalmente que os vacinados contra o AA obtêm um significativo acréscimo médio de 6 anos e 8 meses em seu tempo de vida, com uma margem de erro de apenas 15 dias. Ante tamanhas e inquestionáveis evidências, seria tolice não aderir à essa campanha. Pratique, insista. Faça-o conscientemente. Até que um dia, completamente curado da síndrome de AA, você o fará… NATURALMENTE! E a luz do Senhor brilhará em sua vida. E, como dizem as Escrituras, “rios de água viva brotarão do seu interior”.
Arquivo mensal: setembro 2014
Uma evidência (entre muitas) de um Criador
Diz o diploma que sou engenheiro. E como engenheiro, me dobro diante das evidências. Não fazê-lo seria arbitrariedade ilógica, só pra não dar o braço a torcer, só pra não abandonar conceitos ou teorias que nossa mente empedernida insiste em reafirmar teimosamente. Vejam os DOIS vídeos abaixo, na ordem dos links, e vejam se isso já não é evidência suficientemente forte (entre tantas outras) para derrubar o ensino pretensamente científico com o qual fomos bombardeados, que insiste em afirmar que todas essa espantosa beleza, ordem e harmonia que vemos no Universo tenha sido obra do choque aleatório de matéria inanimada. O pior cego é aquele que não quer ver…